segunda-feira, 3 de maio de 2010

Cerro San Cristóbal y Cerro Santa Lucia

Saudações a todos. Quanto tempo, não é mesmo? Bom, inspirada na frase da minha amiga Renata, que este final de semana me disse, mais ou menos assim: “Marcela, continue postando no seu blog porque os seus tédios no Chile são mais interessantes que os nossos no Brasil”, resolvi escrever-lhes.

Como sempre, minha vida aqui está a mil por hora, e cada dia é uma nova experiência. O frio aqui já começou e há duas semanas houve a primeira chuva de muitas que estão por vir. O clima aqui é temperado, ou seja, com as quatro estações bem marcadas, e de verões secos e invernos chuvosos. Ainda não acostumei com a mudança climática em um mesmo dia. Ontem, por exemplo, eu saí de sandálias aberta achando que estava no verão do Rio de Janeiro e peguei uns 15ºC à noite e mesmo assim arrisquei um sorvetinho. Pior mistura, impossível. Passei uma noite com muita dor de cabeça, frio e suor. Mas, tranqüilos, estou melhorando já (e aprendendo a não duvidar quando os nativos dizem que vai fazer frio)!

Bom, hoje vou falar um pouquinho sobre dois passeios que realizei dentro de Santiago, nestes últimos dias.

Cerro San Cristóbal

Acompanhada dos meus companheiros Alejandro (vulga Chávez), do México e Harry, do Peru, conheci este Cerro que está no bairro de Bellavista em Santiago e é um daqueles passeios que todo turista deve fazer ao visitar a capital. Construído a quase 100 anos atrás este cerro é o segundo lugar mais alto da cidade, perdendo apenas para o cerro Renca. Subimos a pé e é uma caminhadinha de 20 minutos. A vista lá de cima é linda onde se pode ver toda Santiago e a Cordilheira dos Andes, tudo isso, com a inseparável faixa de poluição que cobre todo o céu e faz da região uma das mais poluídas do mundo. Mas nem por isso deixa de ser bela.

Além disso, há um santuário e no alto a estátua da Virgem Maria que pode ser vista de diversas partes da cidade. Foi lá também que, em 1987, o Papa João Paulo II foi acolhido pelos chilenos para um discurso que poria fim ao quase início de uma guerra entre Chile e Argentina, durante a ditadura militar de Augusto Pinochet.

A descida foi a mais divertida! Descemos em um carrinho teleférico que de tão inclinado parecia que ia cair...

Vista panorâmica de Santiago desde o alto do Cerro San Cristóbal.

 
Alejandro, eu e Harry. Ao fundo, a imagem da Virgem Maria que pode ser vista por quase todos pontos da capital.

Parede com pedidos e agradecimentos pelas graças concedidas pela Virgem.
 
Cerro Santa Lucia

Já este final de semana, resolvi conhecer outro ponto turístico localizado bem no centro de Santiago: o cerro Santa Lucia. Diferente do San Cristóbal, este parque tem construções bem antigas, do século XVI, quando Pedro de Valdívia, neste mesmo lugar, fundou a cidade. A vista que temo ao subirmos é da típica metrópole sul-americana: bem poluída e desordenada. Não muito diferente de Belo Horizonte, Rio de Janeiro ou São Paulo.

 Harry, Priscila(chilena que fala perfeito o protugues), Veronica e eu fazendo pose em um dos muitos canhóes do cerro.

Mas a parte mais interessante ficou por conta do almoço que fizemos pós passeio. Não tenho tido muita sorte com a culinária chilena. Simplesmente odeio tudo que como aqui. Esta semana comi o famosíssimo Pastel de Choclo, que é uma torta salgada de milho, (que mais parece uma pamonha) recheado com peito de frango, carne moída, ovo e azeitona e para completar uma calda de caramelo por cima! Esta mistura de doce com salgado não é minha preferida, só de pensar no bendito prato chileno, meu estomago até embrulha! Em compensação, uma cozinha que ainda não me decepcionou é a peruana. 

Eu me derreto com as criancinhas chilenas e peruanas. Muito fofas!

Ontem, depois de andar bastante pelo cerro, resolvemos ir, eu, Marília, Matt e Harry, nosso legítimo peruano, à procura de um almoço decente e descobrimos um edifício perto da Plaza de Armas da cidade, onde havia vários restaurantes peruanos. Nada elegante, pelo contrário, mais parecia o consulado do Peru, cheio de nativos desse país, lotando os pequenos e desordenados espaços de refeição que muitas vezes beiravam o hediondo. Mas enfim, deixamos de lado qualquer frescura e entramos em um lugar até limpinho, mas lotado e bem confuso. Entre peruanos e africanos que iam e vinham, conseguimos nos ajeitar e enfim comer deliciosos e baratos pratos peruanos, como o que eu provei dessa vez, chamado Ají de Gallina, que é uma pasta amarela com frango desfiado e pimenta. 

Além disso, provei da Canchita Tostada que é um milho frito que se come com sal e tem um sabor que está entre pipoca e amendoim e o Chifle, que é uma banana frita que também se come com sal. Para completar (e lembrar que nada é perfeito), tomei refrigerante feito daquele milho roxo que falei sobre nos primeiros dias. Ele é amarguinho, mas acho que só não gostei tanto, porque sabia do que se tratava! Hahaha! Ah! Aproveitando que estou falando em comida, tenho que comentar que engordei 5 quilos em dois meses aqui! Esse povo come mais carboidrato que tudo! Portanto, mais uma teoria comprovada: a de que intercambistas sempre ganham peso em suas viagens!

No mais, é isso, gente! Desculpe por tanto tempo sem dar-lhes noticias, espero poder voltar a atualizar com mais freqüência.

Beijos e abraços aos que me lêem.

2 comentários:

  1. Já estava te sentido tão distante. Ainda bem que voltou a escrever e me alegrar com suas franqueza.
    Assim diminui a distancia.
    Saudades e que a Virgem Maria te proteja e ilumina sua caminhada nesta terra distante.
    BXS.

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  2. tédios... vc precisa rever os seus conceitos de tédio... aqui no Brasil é tedioso!
    Mas também achei muito gostoso o Ají de Gallina, que estou lembrando agora de também ter comido.

    Alegre de minha pérola de sabedoria ter sido citada em seu blog, mas entediada e sentindo saudades, lhe mando um beijo e um pedaço de queijo (de minas).

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